Há sete anos trabalhando como personal shopper e redirecionadora de compras, Priscilla Carboni viu sua sala se encher de caixas antes mesmo de empreender formalmente. “Me dei conta de que havia uma forma de ganhar dinheiro com isso. Percebi que a necessidade de enviar coisas para a casa de alguém era muito grande”, contou ao Glincast.
Fundadora da Wizebox, Priscilla se tornou referência no ramo ao unir atendimento personalizado, orientação para iniciantes e foco em experiência do cliente. Agora, ela está à frente de um novo projeto: o Shopper Clube América, uma comunidade que nasce com o objetivo de fortalecer o setor nos Estados Unidos e combater a alta taxa de desistência entre iniciantes.
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O início da Wizebox
Priscilla chegou aos Estados Unidos em um momento de mudança pessoal e profissional. “Eu era estudante de Psicologia no Brasil, dona de casa, com dois filhos pequenos. Quando meu marido recebeu a proposta de transferência para Orlando, tudo mudou”, relembra.
Sem domínio do inglês e enfrentando a solidão, ela passou a estudar na biblioteca pública até que começou a receber encomendas para amigos e conhecidos. O negócio se estruturou a partir da demanda espontânea e do boca a boca. “Comecei a pesquisar no Google: ‘estou recebendo caixa na minha casa’. Descobri o termo ‘redirecionamento’ e mergulhei nisso.”
“Naquela época não existiam plataformas como a Glin”
No início, os desafios eram diários: falta de ferramentas, limitações nas transferências e bloqueios de contas. “Usei Transferwise até bloquear meu nome, do meu marido e da minha mãe. Foi um por um. Não existiam plataformas como a Glin, que hoje faz pagamento no dia seguinte.”
A relação com o cliente sempre foi um diferencial. “Até hoje, eu não uso robô de atendimento. Tenho uma pessoa que responde, mas é um ser humano. A conexão real é essencial. Eu conheço os meus clientes, sei quem são, o que compram, e isso muda tudo.”
“A gente vende sonhos, não produtos”
Mais do que itens importados, Priscilla acredita que o que move o setor é o desejo. “A gente não vende um secador ou uma GoPro. A gente vende o sonho de ter aquilo. Tem cliente que compra Chitos, sabão Tide, bacon do Costco. Porque quer o que não tem no Brasil.”
A exclusividade é o que sustenta o mercado, independentemente do dólar. “Tem cliente que pede: ‘não me marca, não fala meu nome’. Ele quer usar uma Polo Ralph Lauren, mas fingir que comprou no Brasil. E tudo bem. Sempre vai ter alguém querendo comprar.”
Shopper Clube América: comunidade e estrutura para quem quer seguir na profissão
Segundo Priscilla, cerca de 90% das pessoas que iniciam na área de personal shopper desistem. O Shopper Clube América nasce para enfrentar esse problema. “Tem muita gente fazendo curso, mas pouca estrutura para continuar. Queremos apoiar desde a formação até a operação diária.”
O clube terá três planos, entre US$ 59 e US$ 99, com benefícios como acesso a fotos de produtos (usadas para divulgar e vender), eventos com marcas, parcerias, treinamentos e suporte jurídico e contábil. “Só com foto, às vezes gasto mais de US$ 300 por mês. Com o clube, queremos facilitar o acesso.”
A comunidade também pretende atuar institucionalmente para defender os profissionais diante do comércio local. “Já fomos expulsas de loja de luxo, proibidas de pegar sacola por causa de 5% de desconto. Vamos levar essas situações para os gerentes regionais, com apoio da Câmara de Comércio e de redes como a Simon.”
Para quem deseja ingressar ou continuar na profissão, Priscilla deixa um recado direto: “Não desistam. Eu sei que não é fácil, mas é possível sustentar sonhos com esse trabalho. E agora, com o clube, não vai ter mais desculpa para não prosperar.”
A Glin é uma plataforma de pagamentos internacionais especializada em conectar empresas no exterior a clientes brasileiros. Oferece soluções como PIX e cartão de crédito (parcelado em até 12x), garantindo taxas competitivas, suporte completo e agilidade com dinheiro disponível no dia seguinte. É ideal para negócios que buscam simplicidade e eficiência no mercado global. Conheça melhor a Glin!
