Desenvolvido pelo Banco Central do Brasil, o Drex é uma moeda digital (CBDC – Central Bank Digital Currency) que está em fase avançada de testes. Seu objetivo é criar uma versão digital do real, que coexistirá com o dinheiro físico e outras formas de moeda fiduciária. Utilizando a tecnologia de registro distribuído (DLT), o Drex visa garantir segurança e eficiência nas transações financeiras.
Uma de suas principais características é a capacidade de operar em uma plataforma onde as transações são programáveis. Isso possibilita o desenvolvimento de soluções tecnológicas baseadas no conceito DvP (delivery-versus-payment), reforçando a ideia do Drex como “dinheiro programável”, de acordo com o próprio Banco Central.
Além disso, a tecnologia por trás do Drex permitirá o surgimento de novos modelos de negócios, com base na tokenização de ativos, o que pode gerar novas formas de pagamento e serviços financeiros inovadores.
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Drex e as CBDCs ao redor do mundo
Segundo o FMI, mais de 100 países estão experimentando o uso de CBDCs, como China, Índia, Reino Unido e os membros da Zona do Euro. Diferentemente das criptomoedas, o Drex será totalmente controlado pelo governo brasileiro, oferecendo confiança e estabilidade ao mercado — elementos essenciais para seu uso em larga escala, especialmente no setor de câmbio. Essa característica o diferencia de criptomoedas como o Bitcoin, que possuem alta volatilidade e não são respaldadas por governos.
Com o Drex, desenha-se um cenário em que as CBDCs desempenharão um papel fundamental nas transações diárias, tanto internas quanto externas, criando um ambiente de interação entre moedas digitais de diferentes países.
Qual o estágio de desenvolvimento do Drex?
Em 2023, uma primeira rodada de testes foi realizada com tokens gerados pelo próprio Banco Central. Em maio de 2024, foi publicada a Resolução BCB 382, que atualizou o regulamento do projeto-piloto da plataforma Drex, prevendo uma nova rodada de testes a partir de julho do mesmo ano. Nesta fase, o foco está na implementação e governança de tokens geridos por terceiros, informa o Banco Central.
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O futuro do câmbio com o Drex
Embora o foco inicial do Drex seja a facilitação de transações nacionais, suas implicações para o mercado de câmbio são significativas. Atualmente, muitas empresas utilizam o dólar como intermediário nas operações cambiais, aumentando custos e complexidade.
Com as CBDCs, essa dinâmica muda, reduzindo a dependência de intermediários e eliminando taxas associadas ao câmbio tradicional. A integração do Drex com outras moedas digitais proporcionará maior fluidez nas operações, permitindo que empresas ofereçam preços mais competitivos sem a necessidade de recorrer a moedas de maior liquidez, como o dólar.
A expectativa é que o Drex possa se integrar a plataformas internacionais de negociação, juntamente com outras CBDCs, facilitando a troca e transações. No longo prazo, espera-se que o Drex se torne uma alternativa competitiva às moedas de referência para pagamentos cross border, como o dólar.
Na Glin, estamos acompanhando de perto o desenvolvimento do projeto Drex e suas implicações no mercado de câmbio e de pagamentos cross-border no Brasil. Fique por dentro das inovações e descubra como elas podem transformar a forma como as transações internacionais são realizadas. Acompanhe nossas atualizações e saiba como essas mudanças podem beneficiar o seu negócio.
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