Apenas quatro anos após sua criação, o Pix já é o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros. Segundo a pesquisa “O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro”, divulgada pelo Banco Central, 76,4% da população utiliza o sistema de pagamento instantâneo. O dado reflete a rápida digitalização do setor financeiro no país, com destaque para o avanço do uso do celular como canal de pagamento e o aumento expressivo das transações eletrônicas em 2024.
O estudo mostra ainda que, mesmo em queda, o dinheiro físico permanece relevante: é o terceiro meio de pagamento mais usado no Brasil, presente na rotina de quase 7 em cada 10 brasileiros.
Cartões de débito (69,1%) também aparecem como forma popular de transação. Já os cheques seguem perdendo espaço, com retração de 19,7% no número de transações.
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Digitalização em alta: Pix, celular e cartões por aproximação crescem
Os dados do BC sobre os meios de pagamento em 2024 confirmam a tendência de digitalização acelerada no país. O Pix cresceu 52,2% em número de transações, enquanto o uso do celular para pagamentos bateu a marca de 59 bilhões de operações.Outros meios digitais também apresentaram expansão:
- Débito direto automático: +28,6%
- Transferências entre contas do mesmo banco: +23,1%
- Cartão pré-pago: +19,2%
- Internet banking: +24% nas transações
No cartão de crédito, o destaque vai para os pagamentos por aproximação, que representam 34,5% das transações. No débito, esse número é ainda maior: 44,9%. O número de cartões de crédito ativos cresceu 14%, totalizando 235 milhões.
Perfil de quem usa o Pix
A popularidade do Pix atravessa regiões, gêneros e faixas de renda. Entre os jovens de 25 a 44 anos, mais de 91% afirmam usar o sistema. Mesmo entre pessoas com mais de 60 anos, a adesão chega a 43,9%. Em termos de renda, 91,7% dos brasileiros que recebem mais de 10 salários mínimos usam o Pix — mas a penetração também é alta (67,8%) entre quem ganha até dois salários mínimos.
Frequência de uso confirma o domínio do Pix
Quando questionados sobre qual meio de pagamento mais utilizam no dia a dia, 46,1% dos entrevistados apontaram o Pix. O dinheiro aparece em segundo lugar, com 22%, seguido pelos cartões de débito (17,4%) e crédito (11,5%).O estudo ouviu duas mil pessoas em capitais e municípios com mais de 100 mil habitantes entre 28 de maio e 1º de julho de 2024. A próxima edição da pesquisa será realizada em 2027.
Dinheiro segue necessário
Apesar da ascensão dos pagamentos digitais, o dinheiro em espécie ainda tem papel essencial, principalmente entre a população de menor renda.
Entre quem recebe até dois salários mínimos, 75% utilizam cédulas e moedas. A proporção diminui conforme a renda aumenta, mas segue relevante até mesmo entre os mais ricos.
Pessoas com mais de 60 anos também são as que mais utilizam o dinheiro físico: 72,7% ainda recorrem às notas e moedas. E a percepção da população é clara: faltam cédulas de R$2, R$5 e R$10 no dia a dia, além de moedas de R$0,50 e R$1.
Segurança e educação financeira
O levantamento mostrou que o conhecimento sobre os elementos de segurança das cédulas ainda é limitado. Cerca de um terço da população (31,6%) não conhece nenhum item de segurança das notas. Apenas 5,5% sabem identificar mais de três itens.
O hábito de checar esses elementos é mais comum entre caixas de estabelecimentos e em transações com valores mais altos. Entre os recursos mais citados pelos que conhecem algum item de segurança estão a marca-d’água, o fio de segurança, a textura do papel e a impressão em alto-relevo.
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