Empreendedorismo

Como é empreender nos Estados Unidos? Layla Portela conta sua experiência na área contábil

Layla Portella
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No episódio mais recente do Glincast, o podcast da Glin, a convidada especial foi Layla Portela, fundadora da LCP Advisors. A conversa mergulhou em sua trajetória nos Estados Unidos, desde sua mudança motivada por estudos até a construção de um negócio de sucesso em contabilidade para empreendedores brasileiros no exterior.

Layla Portella
Reprodução/Instagram

Do direito à contabilidade

A história de Layla nos Estados Unidos começou com um objetivo acadêmico claro: aprimorar o currículo e conquistar melhores oportunidades na área jurídica no Brasil. Formada em Direito, ela atuou brevemente como advogada, mas percebeu que, para crescer na profissão, seria necessário estudar fora e se tornar fluente em inglês. “Eu não ia ser ninguém na advocacia se eu não estudasse fora”, destacou.

Sua chegada nos Estados Unidos, inicialmente voltada para um MBA em Contabilidade, Finanças e Negócios, marcou uma reviravolta em sua carreira. O que começou como um plano de aprimoramento acadêmico acabou se transformando em uma nova paixão.

Durante o período de estudos, Layla enfrentou desafios inesperados, como as limitações impostas pelo visto de estudante e as dificuldades trazidas pelo seu sotaque. “Eu sempre perdi muita nota por conta do sotaque nas apresentações”, relembrou. Ainda assim, ela superou esses obstáculos, abrindo espaço para uma nova oportunidade no mercado americano.

O desafio de empreender

Após a conclusão do MBA, Layla teve a chance de trabalhar legalmente por um ano nos Estados Unidos por meio do programa OPT (Optional Practical Training). Foi nesse período que um escritório de contabilidade a contratou e, posteriormente, patrocinou seu visto de trabalho. “O OPT existe exatamente para isso, dar uma oportunidade de trabalho no mercado americano para quem estudou aqui”, explicou.

Entretanto, seu caminho para o empreendedorismo não foi planejado. Um problema interno no escritório em que trabalhava a levou a buscar novas oportunidades. Após um período de trabalho em uma fábrica e uma pausa sabática na Califórnia, ela percebeu a demanda crescente por seus serviços de contabilidade por meio das redes sociais. “As pessoas me perguntavam constantemente se eu não ia continuar trabalhando com contabilidade”, relembrou. O incentivo veio dos próprios seguidores, que já confiavam em seu trabalho.

Assim nasceu a LCP Advisors. “O empreendedorismo aconteceu, não foi planejado”, afirmou. A confiança construída com seu público no Instagram, aliada ao desejo de ajudar empreendedores brasileiros nos Estados Unidos, fez com que o negócio crescesse de maneira orgânica e consistente.

O diferencial do empreendedor brasileiro

Outro ponto importante na hora de empreender nos Estados Unidos são as diferenças culturais entre os profissionais brasileiros e americanos. Segundo Layla Portela, o brasileiro se destaca por ser proativo e ter uma visão mais ampla das tarefas, enquanto os americanos tendem a seguir regras de maneira mais rígida. “O brasileiro sempre tenta ir além, se destacar, enquanto o americano, muitas vezes, segue exatamente o que foi ensinado, sem questionar”, observou.

Além disso, a empreendedora abordou as dificuldades enfrentadas por quem empreende nos Estados Unidos, especialmente para brasileiros que atuam no setor de e-commerce. Um dos principais desafios para esses empresários é encontrar um produto vencedor e, depois, ter paciência para consolidar o negócio. “Muitos desistem antes do tempo, sem nem mesmo terem falado com 100 fornecedores”, destacou.

Lições do empreendedorismo

Para Layla, empreender nos Estados Unidos vai muito além de ganhar dinheiro. Um dos maiores aprendizados de sua jornada foi entender o impacto positivo que um negócio pode ter na vida de outras pessoas. “Hoje, o objetivo da empresa não é só o meu crescimento pessoal, mas também transformar a vida dos meus colaboradores”, afirmou.

Ela compartilhou histórias emocionantes de funcionários que conseguiram conquistar objetivos importantes, como sair de comunidades carentes, comprar um carro ou garantir uma educação melhor para seus filhos. “Ver essas mudanças acontecerem é uma das maiores recompensas do empreendedorismo”, disse.

Ao refletir sobre os desafios da gestão, Layla destacou a importância da empatia e da humanização no ambiente de trabalho. “O mais difícil é manter o cuidado com os clientes e colaboradores, mesmo em dias difíceis”, pontuou. Ela também ressaltou que, nos primeiros anos de um negócio, o empreendedor precisa estar preparado para lidar com altos níveis de estresse e trabalho intenso. “Nos dois primeiros anos, você vai trabalhar muito. Não tem como fugir disso”, afirmou.

Layla finalizou com um conselho para quem sonha em empreender: não idealizar o empreendedorismo com base nas imagens glamourizadas das redes sociais. “Empreender não é o sonho que o Instagram ou o TikTok mostram. É difícil, exige resiliência, e você precisa ter uma motivação que vá além do dinheiro”, alertou.

Ela também destacou a importância de equilibrar paixão e rentabilidade. “Você não precisa trabalhar apenas com aquilo que ama. Às vezes, o que te dá dinheiro pode se transformar em algo que você aprende a amar”, refletiu. Segundo Layla, encontrar um equilíbrio entre o que se gosta de fazer e o que gera lucro é essencial para um negócio sustentável.

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