O Pix, sistema de pagamento instantâneo desenvolvido pelo Banco Central do Brasil, tem sido um recurso essencial para simplificar as transações financeiras no país.
Desde o seu lançamento, o Pix foi amplamente adotado e hoje registra cerca de 240 milhões de transações por dia, um número que reflete seu papel na vida financeira dos brasileiros.
“Atingimos outro dia 240 milhões de transações em um dia, no Brasil temos ao redor de 104 milhões de pessoas bancarizadas. Estamos falando de mais de duas transações por pessoa bancarizadas por dia, é o mais alto que qualquer outro país que conhecemos”, disse o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em webinar da Princeton University, em outubro de 2024.
No entanto, manter essa operação ativa e estável requer um investimento significativo. De acordo com Roberto Campos Neto, o custo anual para manter o Pix é de aproximadamente US$ 10 milhões, o que equivale a R$ 55 milhões.
Esse valor é destinado à manutenção da infraestrutura tecnológica que permite a execução das transações em tempo real e com segurança. O custo é considerado eficiente, dado o alcance e a capacidade do sistema, que beneficia milhões de usuários diariamente.
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Quanto custou a criação do Pix?
O desenvolvimento inicial do Pix custou entre US$ 3 milhões e US$ 4 milhões, valores que foram repartidos entre o Banco Central e as instituições financeiras parceiras.
Essa colaboração entre o setor público e privado foi essencial para viabilizar a rápida implementação do Pix, sem onerar exclusivamente a autoridade monetária. Além disso, essa abordagem colaborativa ajudou a fortalecer a relação entre o Banco Central e os bancos, promovendo um ambiente de inovação e competitividade.
Campos Neto destacou no webinar que, por meio dessa parceria, foi possível lançar o Pix com eficiência e engajamento das instituições bancárias, que também viram benefícios com a ampliação de sua base de clientes.
Esse modelo de compartilhamento de custos representa uma alternativa sustentável para o setor público, permitindo que inovações como o Pix cheguem ao público em menos tempo e com menor custo.
Qual o papel do Pix?
Desde seu lançamento, o Pix tem desempenhado um papel significativo na inclusão financeira no Brasil.
Em poucos anos, cerca de 75% da população passou a utilizar o sistema, conforme apresentado por Campos Neto no webinar. Isso demonstra a eficácia do Banco Central em tornar o Pix uma ferramenta acessível para diferentes perfis de usuários, inclusive aqueles que não tinham acesso fácil a serviços bancários tradicionais.
Essa inclusão ajuda a reduzir as barreiras de entrada no sistema financeiro, permitindo que mais brasileiros participem da economia formal. Além disso, o Pix promoveu uma redução nos custos de transação, aumentando a competição entre instituições financeiras e estimulando a inovação em serviços de pagamento.
A adoção ampla do sistema incentivou empresas e comerciantes a disponibilizarem o Pix como uma opção de pagamento, ampliando ainda mais o seu alcance e impacto positivo na economia.
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A agenda do Banco Central e o futuro da intermediação financeira
O Banco Central tem uma agenda de inovação financeira voltada para a transformação digital da economia. Essa agenda, estruturada em quatro pilares principais — Pix, Open Finance, internacionalização da moeda e Drex (a futura moeda digital) —, busca promover um ambiente financeiro mais seguro, ágil e acessível.
O Pix é o primeiro desses pilares, tendo sido implementado como um sistema de pagamentos instantâneos que já se mostrou eficaz em promover inclusão financeira.
Cada pilar tem uma função estratégica. O Open Finance, por exemplo, é uma iniciativa que permite o compartilhamento voluntário de dados financeiros pelos usuários, incentivando a criação de serviços financeiros personalizados e agregados. Esse modelo favorece a competitividade e estimula novas soluções digitais, contribuindo para um mercado financeiro mais dinâmico e acessível.
Avanços do Open Finance e o papel do Drex na economia digital
O Open Finance se destaca como um facilitador da digitalização do setor financeiro brasileiro. Por meio desse sistema, os usuários podem compartilhar seus dados bancários com instituições de sua escolha, o que permite a criação de plataformas financeiras que centralizam informações e oferecem produtos personalizados.
Já o Drex, planejado como uma moeda digital de dois níveis (para atacado e varejo), representa um avanço no projeto de tokenização da economia liderado pelo Banco Central. O Drex será integrado aos balanços dos bancos, permitindo que ativos sejam digitalizados e transacionados com maior agilidade.
Para o presidente do Banco Central, o desafio para implementação do Drex é ampliar o uso enquanto se preserva a privacidade, a capacidade de programação e a descentralização. “Hoje, com a tecnologia que existe, você não tem a privacidade, programabilidade e a descentralização quando você escala”, comenta Roberto Campos Neto.
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