Abrir um negócio em outro país pode parecer um grande desafio para muitos. No entanto, para Gilson Azevedo, que vive nos Estados Unidos desde 2020, essa foi uma oportunidade de ouro que ele nem mesmo planejava.
Com mais de 25 anos de experiência no setor de turismo, ele inicialmente se mudou com a intenção de trabalhar para outras empresas. Mas as circunstâncias o levaram a empreender, e hoje ele comanda uma agência de viagens especializada em atender brasileiros no exterior, a The OC+.
“Quando eu me mudei para cá, minha intenção não era abrir um negócio, mas o mercado americano é muito propício para isso”, conta Gilson Azevedo. A cultura dos Estados Unidos, onde grande parte dos serviços é terceirizada, foi o cenário perfeito para ele lançar sua empresa de viagens.
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A mudança de funcionário a empreendedor
Apesar de sua vasta experiência no setor de turismo, Gilson Azevedo explica que sua transição para o empreendedorismo não foi imediata. Ele passou três anos trabalhando para outras empresas no mercado americano, até perceber uma oportunidade clara para prestar seus próprios serviços.
“Eu comecei a prestar serviço para uma empresa, mas, com o tempo, percebi que poderia fazer o mesmo com a minha experiência acumulada”, explica.
Essa visão de mercado levou o empreendedor a reativar a agência que já possuía no Brasil e trazê-la para os Estados Unidos. Durante a pandemia, ele e sua esposa transformaram a empresa de representação que tinham em uma agência de viagens. Desde então, ele adaptou o negócio para as necessidades específicas do mercado norte-americano, com foco nos turistas brasileiros que procuram um serviço especializado.
Mas engana-se quem pensa que esse processo é simples e fácil. Quando perguntado sobre a maior mudança em sua vida, Azevedo não hesita em apontar a transição de empregado a empreendedor. “É uma mudança muito grande”, reflete.
Antes, ele tinha certa segurança de um emprego formal, com folgas programadas e horários mais previsíveis. Agora, como dono do próprio negócio, ele vive a realidade de trabalhar 24 horas por dia, sete dias por semana. Tanto que, ao ser entrevistado, ele estava dirigindo rumo a um cliente que o chamou de última hora.
Apesar da carga de trabalho intensa, o empreendedor afirma que o esforço vale a pena. “O retorno é mais gratificante. Quando você briga todo dia pelo seu negócio, o resultado é muito mais pessoal e recompensador”, afirma. Para quem deseja empreender fora do Brasil, seu conselho é simples: “acredite e faça um bom trabalho, que o resultado vem”.
Os desafios de empreender no exterior
Embora o mercado americano tenha se mostrado uma terra de oportunidades, o caminho para o sucesso não foi isento de desafios. Gilson Azevedo menciona dois grandes obstáculos em sua jornada: o câmbio e a mentalidade de consumidores brasileiros que, muitas vezes, priorizam o preço em vez da qualidade do serviço.
“O câmbio trava muitas contratações de serviços aqui”, comenta. Com o dólar mais alto, muitos clientes brasileiros hesitam em contratar serviços especializados. Além disso, Azevedo ressalta a dificuldade em mudar a mentalidade dos brasileiros, que frequentemente comparam preços na internet com serviços de agências. “Eles acham que o preço será o mesmo que na internet, mas não é assim. A cultura do brasileiro ainda precisa evoluir para valorizar um serviço personalizado”, afirma.
Para lidar com esses desafios, o empreendedor adotou uma abordagem estratégica. Uma das soluções foi facilitar o pagamento, oferecendo a possibilidade de parcelar serviços em até 12 vezes, algo que atrai clientes acostumados com o modelo brasileiro de parcelamento.
Além disso, ele reforça o valor do seu serviço em cada interação, demonstrando a diferença entre um atendimento personalizado e as opções disponíveis em sites automáticos.
A importância do networking e das indicações
Ao ser questionado sobre suas principais estratégias de marketing, Gilson Azevedo destaca a importância das indicações e do networking. Como ex-gerente nacional de vendas de uma companhia aérea, ele desenvolveu uma vasta rede de contatos com agências e operadoras de viagens no Brasil e na América Latina. “Eu conheço agências no Brasil todo, e isso me traz muitos clientes por indicação”, explica.
Embora tenha presença nas redes sociais, ele acredita que a maior parte de seus clientes vem do boca-a-boca. “Eu tenho Instagram, mas uso mais para mostrar autoridade no mercado do que para atrair novos clientes”, revela. Mesmo assim, ele reconhece que o ambiente digital tem um papel importante em consolidar sua marca e expandir sua presença.
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Planos e expectativas para o futuro
O sucesso da agência de Gilson Azevedo nos Estados Unidos tem sido tão significativo que ele já está em processo de expansão para novos mercados. Recentemente, sua empresa passou a operar também na Califórnia, além de seu foco inicial em Orlando, na Flórida. Ele já está estruturando a entrada em outros mercados turísticos populares, como Paris, conhecida por seus parques temáticos, e Nova York.
No entanto, a expansão não se limita apenas ao cliente brasileiro. A The OC+ planeja, no médio prazo, começar a atender também o público latino-americano, especialmente de países como Panamá e México. “Queremos trabalhar com o cliente latino, mas ainda precisamos ajustar alguns detalhes, como o conteúdo em espanhol nas redes sociais”, comenta.
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